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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Divagações de um viajante



Um novo caminho
Uma nova viagem
Aquela vontade de pés no chão
E de cabeça nas nuvens
Voar, olhar, respirar o que um dia foi utopia
Sem as velhas amarras cerceando os sonhos
Os mesmos sonhos que hoje deixam de ser sonhos
Abrindo possibilidades infinitas e claras
E as tais amarras tornam-se lembranças de outra pessoa...
Distantes...
Uma espantosa trama de lembranças mal digeridas
Que cismam em permanecer mesmo que já não tenham mais lugar
Agora, frouxas e desgastadas, parecem ínfimas
E assim são... ínfimas, etéreas
Como cacos de porcelana amarela com pequenos ramos de flores de outono
Que mal se vêem na distância
Quem sabe, um leve tom amarelo antigo de passado
E nódoas de um amor que não se confessa
Se esconde atrás da máscara de vidro que tudo mostra e tudo esconde
Revela e ama.

Joyce Oliveira e Nathalie Palácio

domingo, 26 de janeiro de 2014

ID




Menina que dizem ser mulher
Adulta
Adulta... em que lugar se esconde?
Nesses olhos que choram?
Nessa mania de querer ter 16 anos enquanto se tem 25?
Aquela tendência maternal
A vontade de se excluir de tudo o que é normal
E a verdade é a mesma
A verdade não muda
Talvez mude de nome
Permanece no sentimento, na sensação de querer ser mais
Saber que se é mais mesmo quando se sente ser menos.

Nathalie Palácio

domingo, 28 de julho de 2013

terça-feira, 18 de junho de 2013

Ser


A vontade de largar
Deixar ir embora
Ir embora
Deixar um rastro que se apague ao vento
Inadequada ao que querem
Ah a vontade...
Se a vontade tivesse extremo poder
Seria libertação
Novo motivo de vida
Um novo nome
Nova crença e necessidade
Porque o normal não é capaz de atrair
Repele
Fere meu instinto de apenas ser
Ser simples, feliz, calmaria
Me deixa ser
Me deixa ir pra onde o nascer do sol seja o único motivo
E a lua seja a mais querida expressão do ser humano
Que sou.

Nathalie Palácio

terça-feira, 23 de abril de 2013



...!
Solidão vazia
Cinzas que se espalham
E, sim, nunca mais estarão no mesmo espaço
Partiram
Levaram embora o que eram
E o que poderiam vir a ser.

Nathalie Palácio

domingo, 21 de outubro de 2012

Persona*


Se vá, tristeza

Tudo aquilo que me faz perder o senso de quem sou

Do que quero

Do que espero

É tudo assim... tão comum em mim.



Dúvida, pra quê tanta presença?

Tudo bem uma visita ou outra

Só não vale criar moradia

Dê seu quarto para a certeza

Ela sim costuma ser melhor bem-vinda que você



Frios na barriga, medos bobos e destrutivos

Não preciso de vocês

Reconheço seus valores evolutivos

Mas eu já entendi

Podem ir dormir



Me deixem aqui

Sozinha com meu aprendizado

Minha vontade em ser

Estar e compreender melhor

O que realmente sou.


*Persona, do latim "máscara".

Nathalie Palácio

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Chama



E quando te olho assim
Tão cheio de si
Tão repleto de arte e simplicidade
Como não te amar?
Como ignorar a arte de ser o meu bem-querer?
Minha noite fria, meu amor, meu artista, meu calor...

Nathalie Palácio

terça-feira, 5 de julho de 2011

Brilho



E o fascínio que me causa esse céu
Vezes azul, vezes laranja
Na imensidão imensurável
No amor incalculável colocado em cada raio de sol
De luar
A lua...
Irmã das estrelas.

Nathalie Palácio

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ninfa


Ser mulher é ser alma
Calma no meio da tempestade
Turbilhão que ela própria cria
Nada adia

Cada palavra é dita assim: num sim ou não
E quem ousará dizer que ela errada está?
Quando o que ela mais sabe ser é charme e erro.
Brilho no olhar.

Nathalie Palácio

sábado, 2 de julho de 2011

Pureza



Te vejo nas paredes
Nas entrelinhas do tempo
Frestas tão pequenas contidas em pensamentos.

Pensamentos tão puros
Quem sabe, singelos
Fortes o suficiente pra serem
Seus
Eternos...

Nathalie Palácio