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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Divagações de um viajante



Um novo caminho
Uma nova viagem
Aquela vontade de pés no chão
E de cabeça nas nuvens
Voar, olhar, respirar o que um dia foi utopia
Sem as velhas amarras cerceando os sonhos
Os mesmos sonhos que hoje deixam de ser sonhos
Abrindo possibilidades infinitas e claras
E as tais amarras tornam-se lembranças de outra pessoa...
Distantes...
Uma espantosa trama de lembranças mal digeridas
Que cismam em permanecer mesmo que já não tenham mais lugar
Agora, frouxas e desgastadas, parecem ínfimas
E assim são... ínfimas, etéreas
Como cacos de porcelana amarela com pequenos ramos de flores de outono
Que mal se vêem na distância
Quem sabe, um leve tom amarelo antigo de passado
E nódoas de um amor que não se confessa
Se esconde atrás da máscara de vidro que tudo mostra e tudo esconde
Revela e ama.

Joyce Oliveira e Nathalie Palácio

domingo, 26 de janeiro de 2014

ID




Menina que dizem ser mulher
Adulta
Adulta... em que lugar se esconde?
Nesses olhos que choram?
Nessa mania de querer ter 16 anos enquanto se tem 25?
Aquela tendência maternal
A vontade de se excluir de tudo o que é normal
E a verdade é a mesma
A verdade não muda
Talvez mude de nome
Permanece no sentimento, na sensação de querer ser mais
Saber que se é mais mesmo quando se sente ser menos.

Nathalie Palácio